segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Hampi - I

Chegámos a Hampi (ou Cidade Victória)!
Ocupando cerca de 28 quilómetros quadrados no vale do rio Tungabhadra, a cidade de Hampi foi capital do Império Vijayanagara de 1336 a 1585. Durante mais de 200 anos três gerações de soberanos hindus conduziram Hampi ao apogeu, tornando-a, pela sua beleza e grandiosidade, comparável (e até ultrapassando!), à época, cidades como Paris, Roma ou Lisboa! O seu poderio era tão grande que em 1565, alarmados com o poder do império Vijayanagara, os sultões do Decão aliaram-se para o destruir, o que conseguiram na batalha de Talikota. A capital - Humpi - foi ocupada e em 5 meses foi destruída "a ferro e fogo"! Segundo o historiador Robert Sewell "nunca, talvez na história do mundo, tenha havido tanta destruição, efectuada tão rapidamente e sobre uma cidade tão esplêndida".
Visitada e elogiada já no séc. XV por italianos e persas, foi no séc. XVI visitada pelos portugueses Duarte Barbosa, Fernão Nunes e Domingos Paes (este, que viveu durante dois anos em Hampi, descreve o monarca da altura - Krishnadeva Raya - como perfeito em todas as coisas!). O viajante persa Abdur Razzak deixou escrito que a cidade era de tal modo grandiosa que os seus olhos nunca tinham visto nada parecido e que não tinha conhecimento de existir no mundo lugar como este... e tudo "isto" foi destruído!... Mesmo assim, e apesar da destruição generalizada, o que "restou" continua a ser grandioso, merecendo em 1986 ser declarado como Património Mundial UNESCO.
A nossa visita a Hampi foi feita em dois dias tendo optado, por sugestão do nosso guia/condutor de moto riquexó, por visitar no primeiro dia as partes de visita gratuita e no segundo dia aquelas em que se pagava. Neste post fica o primeiro dia... mais ou menos pela ordem em que efectuamos as visitas...
Começamos por ver as "mesas de campanha" onde os soldados comiam! Nestes "tabuleiros prato" era servida a comida e à frente corria água para beber e lavar!...

Depois fomos ver os "banhos da rainha"... Este "complexo" era constituído por quartos para trocar de roupa e pelo tanque de banho... só este permanece de pé...
Interior do tanque
Por aqui correria a água...
Perto dos banhos uma porta em pedra...
Do cimo desta plataforma ricamente esculpida - o Mahanavami Dibba - o rei e sua corte assistia ao grande festival anual Dasara que durava nove dias, durante os quais desfilava o exército, eram executados jogos de guerra, procissões...

Escultura junto a uma das escadas...
Frisos decorativos da base de Mahanavami Dibba... parece uma banda desenhada!


O tanque dos degraus
Outros monumentos e templos e a decoração das paredes e estátuas...








Templo de Shiva que, por estar construído abaixo do solo, se encontra muitas vezes submerso.





Estátua de Lakshmi Narasimha efectuada num só bloco de granito

O que restou do grande bazar...

A tarde estava no fim... subimos ao monte para dali podermos apreciar o pôr do sol...

Vistas do vale e templos







No cimo do monte um pequeno lago e lugares de oração esculpidos na rocha.

No cimo do monte dezenas de pessoas aguardam o por de sol... e assim acaba o dia!

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